Tem início Seminário de Integração Técnico-Científica do Tecpar 31/07/2012 - 16:31


Com palestras e apresentação de projetos de pesquisa, acontece até sexta-feira (3/08) no auditório do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) o 3º Seminário de Integração Técnico-Científica da instituição.

O evento tem o objetivo de integrar os pesquisadores e apresentar os 41 trabalhos em andamento no Tecpar, alguns de mestrado e doutorado, outros pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) – programa que financia com recursos da Fundação Araucária projetos de pesquisa de alunos da graduação.

Durante a abertura do evento, na manhã desta terça-feira (31), o diretor-presidente do Tecpar Júlio C. Felix e o diretor de tecnologia e inovação Guilherme Zemke deram as boas-vindas aos colaboradores e enalteceram a iniciativa do Comitê Assessor Técnico-Científico do instituto pela realização do seminário por três anos consecutivos.

Segundo Felix, o volume de trabalhos que será apresentado no seminário evidencia a característica do Tecpar. “Esta é uma instituição de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e, como tal, tem que produzir conhecimento. Isto se traduz em parte nos trabalhos que aqui serão apresentados”, disse Felix. Ele também lançou um desafio para que o resultado do seminário se transforme numa publicação técnica.

Na opinião de Guilherme Zemke, o evento funciona como um instrumento de prestação de contas às instituições financiadoras de projetos, além de “promover a sinergia, a interação dos campus do Tecpar em relação aos trabalhos desenvolvidos”.

Logo após a abertura aconteceu a palestra “Inovação no contexto de CT&I e do Plano Brasil Maior”, proferida por Reinaldo Ferraz, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I).

Palestra – O Brasil ainda não constituiu um sistema nacional de inovação estruturado mas têm vários subsistemas e vem alcançando certo grau de convergência nas políticas públicas do setor, de acordo com o palestrante Reinaldo Ferraz. Segundo ele o país tem uma meta bastante ousada de aumentar até 2014 o investimento empresarial em PD&I para 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB), entretanto, Ferraz destacou que o esforço para inovação na indústria ainda é tímido e o cenário atual de crise internacional tende a estimular barreiras protecionistas e inibir as transferências tecnológicas.

Na opinião do representante do MCT&I, o Brasil tem uma conjuntura econômica e política favorável ao financiamento de longo prazo da PD&I. “É claro que o quadro de crise pode afetar um pouco isso, mas o Brasil tem sido feliz nas estratégias chamadas aticíclicas, então há uma perspectiva de investimento continuado no setor”. Segundo Ferraz o parque industrial brasileiro é bastante diversificado, a estrutura de pesquisa já está em excelente nível e o país dispõe de instrumentos eficientes de estímulo, como bolsas, leis de incentivo, subvenção, desoneração, poder de compra do Estado, entre outros. “Nós estávamos com 84 mil bolsas CNPq em 2010 e a meta é chegar a 120 mil”, disse. Ferraz também citou em sua palestra alguns pontos que precisam de solução, entre os quais, a educação, instrumentos de apoio à importação e exportação, além da desburocratização para abertura e fechamento de empresas.

Programação – Intercalando com a apresentação dos projetos de pesquisa, na quarta-feira (1/08), às 11h, acontece a palestra “Biologia Sintética”, com Marcos Krieger, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Carlos Chagas (ICC). No encerramento do evento, sexta-feira (3/08), também às 11h, o pesquisador do Tecpar Milton Pires Ramos vai apresentar a palestra “Ética e má conduta Científica”.