Tecpar promove o segundo Seminário de Integração Técnico-Científica 24/08/2011 - 13:29


    Pelo segundo ano consecutivo, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) realiza o Seminário de Integração Técnico-Científica, com o objetivo de divulgar as atividades de pesquisa e desenvolvimento, integrando pesquisadores e fomentando a colaboração entre as suas diversas unidades. O evento vai até o dia 26 de agosto e está sendo realizado no Centro de Treinamento da instituição.

 

    O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, abriu o seminário saudando os participantes e parabenizando os integrantes do comitê técnico-científico responsável pela organização. “É um momento importante para o Tecpar e acredito que nos próximos eventos a pesquisa estará muito mais evidenciada, assim como os resultados, mostrando que estaremos trabalhando cada vez mais com projetos e menos com atividades”, disse Felix, reafirmando a intenção de incentivar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no instituto.

De acordo com o pesquisador do Tecpar e membro do comitê organizador, o doutor em engenharia elétrica e gerente do Centro de Engenharia de Sistemas Inteligentes, Milton Pires Ramos, o evento mostra as pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de iniciação científica da Fundação Araucária no instituto e o andamento dos projetos dos colaboradores que são alunos de mestrado e doutorado. Mais de 30 trabalhos serão apresentados neste ano. “Nós estamos retomando uma prática comum no passado da instituição, com o objetivo de conhecer as competências internas e o andamento das pesquisas realizadas pelos colegas”, explica Ramos.

    Antes das apresentações técnicas, aconteceu a primeira palestra do evento, com o presidente da Fundação Araucária, o cardiologista Paulo Brofmann, que também é pesquisador e pela primeira vez exerce um cargo público na sua carreira. Brofmann falou sobre a satisfação de estar no ambiente de pesquisa e sobre a necessidade de mudar a política de ciência e tecnologia do Estado.

    “O Paraná é a quinta economia do país, mas a nossa produção científica esta abaixo do desejado”, afirmou, comentando que existem recursos nas agências de fomento, mas é preciso buscá-los e levará tempo para se reverter essa situação. O presidente da Fundação Araucária apresentou os dados sobre a produção das pesquisas estaduais, comparando-a com a dos outros Estados. “Muita coisa precisa ser feita com relação a investimentos em ciência e tecnologia e ensino para melhorar nossa performance”, explicou.

    Brofmann citou o grande investimento feito pelo governo no ensino superior, diferentemente do que ocorre em outros Estados. “É um modelo educacional caro ao Estado, e o Paraná precisa ter um retorno disso. Vamos buscar o que é de direito para nós”, afirmou, ressaltando mais um ponto: “Quem trabalha com pesquisa deve ter em mente, além das publicações e dos resultados teóricos, a repercussão social”.

    O presidente da Fundação Araucária falou também dos planos da instituição. “Vamos investir em pessoas, projetos e pesquisas de ciência, tecnologia e inovação”. Além das várias bolsas que a fundação vai colocar à disposição, como de pós-doutorado, de produtividade em pesquisa e iniciação científica, haverá recursos para organização de eventos, difusão do conhecimento, apoio a publicações científicas e ampliação das bolsas de doutorado em áreas prioritárias, dentre outros itens.

    A primeira sessão técnica foi aberta pelo técnico do Tecpar Júlio Zanoni, que falou sobre a sua pesquisa de mestrado, “Um método semi-automático de documentação de código-fonte”. O método  tem por objetivo facilitar a tarefa de documentação e atualização do código-fonte para melhorar o desenvolvimento de softwares. De acordo com o pesquisador, manter a documentação atualizada permite aos programadores maior visibilidade do produto, facilitando as atualizações, manutenções e alterações com maior rapidez e qualidade.

    A segunda palestra do evento acontecerá amanhã (25) e será proferida pelo diretor do Instituto Carlos Chagas, unidade de Curitiba da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mário Moreira.