Tecpar participará da Comissão Estadual para Produção Orgânica do Paraná 26/05/2006 - 00:00


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai integrar o grupo de coordenação das ações referentes à produção de orgânicos no Estado. A definição ficou acertada na última reunião da Comissão Estadual para Produção Orgânica do Paraná (foto), realizada no começo de maio no instituto, e depende somente da homologação do governo federal. Atuando na certificação desses produtos desde 2003, o instituto foi convidado pelo Ministério da Agricultura a participar das reuniões da comissão.

No encontro foi discutida a regulamentação, com a definição dos dispositivos legais para aplicação, da lei nº 10831, de 2003, sobre produção, certificação e comercialização dos alimentos orgânicos ou agroecológicos como são chamados. A organização da 2ª Semana Nacional do Alimento Orgânico, marcada para acontecer de 23 a 30 de junho, em todo o país, foi outro assunto tratado na reunião. Na programação do evento, estão previstas várias atividades, como a organização de feiras, a distribuição de material informativo e a encenação de peças teatrais. Em Curitiba, será montada uma fazenda orgânica no Mercado Municipal.

"No Brasil quase 70% da produção nacional de alimentos orgânicos é exportada, mas essa situação está mudando, a exemplo do que acontece na Europa e nos Estados Unidos", explica o engenheiro agrônomo Danilo Grapiuna Pereira, responsável pelo Programa de Certificação de Orgânicos do Tecpar. De acordo com ele, o interesse da população brasileira está aumentando, tendo em vista as vantagens do produto, como a utilização do controle biológico e natural, em vez de agrotóxicos, e a conservação dos recursos naturais. "Aqui o consumo está crescendo de 15 a 20% por ano", diz Grapiuna, lembrando que se trata de um mercado que movimenta cerca de 35 bilhões de dólares anualmente no mundo. O Brasil participa apenas com R$ 250 milhões, mas tem um grande potencial de crescimento.

A certificação exigida dos produtores para a comercialização é uma garantia ao consumidor de que está comprando um alimento sem a utilização de produtos químicos e colaborando com a preservação do meio ambiente por ser produzido em condições adequadas, além dos aspectos sociais e trabalhistas que são considerados. O processo de certificação inclui análise dos produtos e verificação do plano de manejo e dos procedimentos adotados pela propriedade.