Tecpar leva experiência na área da saúde à convenção internacional de biotecnologia 16/06/2015 - 14:30

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) participa, ao longo da semana, da edição deste ano da Convenção Internacional BIO, maior evento mundial para a indústria de biotecnologia, realizada de 15 a 18 de junho nos Estados Unidos. O diretor-presidente do instituto, Júlio C. Felix, é um dos palestrantes da convenção, que reúne as principais empresas de biotecnologia do mundo.

O Brasil terá um espaço reservado na convenção e o principal objetivo da missão brasileira, que inclui o Tecpar, é trabalhar para que as empresas brasileiras de biotecnologia possam realizar, ou pelo menos iniciar, negócios e projetos internacionais com maior apoio de instituições estratégicas de governos.

Felix vai realizar a palestra “Política Industrial no âmbito do Complexo Industrial da Saúde”, ocasião na qual vai apresentar a experiência internacional do Tecpar, que teve suas cinco novas propostas de projeto para a produção de medicamentos e equipamentos da saúde por Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), em conjunto com multinacionais, aceitas pelo Ministério da Saúde.

O Tecpar submeteu cinco pedidos de novas PDP, sendo quatro de medicamentos: os biológicos Adalimumabe e Infliximabe, em parceria com a empresa russa Biocad; a Somatropina, com a alemã Merck; e o Salbutamol, com a britânica GSK. O instituto também concorre à produção do aparelho auditivo retroauricular e intra-aural, com produção conjunta com a suíça Sonova.

O diretor-presidente explica que a atuação do Tecpar em parcerias internacionais é um dos exemplos que a missão brasileira quer levar à convenção nos Estados Unidos. “O Tecpar desenvolveu esses projetos em parcerias internacionais para se tornar um laboratório fornecedor oficial ao Ministério da Saúde. Queremos mostrar às principais empresas de biotecnologia do mundo as oportunidades do Complexo Industrial da Saúde”, salienta Felix.

Complexo Industrial da Saúde

As parcerias firmadas entre laboratórios públicos e privados têm como meta garantir a autossuficiência do mercado nacional, dentro do programa do Complexo Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde.

As PDPs são parcerias entre instituições públicas e entidades privadas com objetivo de dar acesso a tecnologias prioritárias, de reduzir a vulnerabilidade do SUS a longo prazo e de racionalizar preços de produtos estratégicos para saúde, com o comprometimento de internalizar e desenvolver novas tecnologias estratégicas e de valor agregado elevado.

Os produtos e bens priorizados pelas PDPs cuja demanda possa ser induzida pelo poder de compra do Ministério da Saúde são estabelecidos em listas específicas definidas pelo próprio ministério, que as divulga e aguarda a concorrência entre laboratórios públicos do país para se tornar fornecedor oficial do produto ou medicamento.