Tecpar inicia produção em larga escala da vacina antirrábica por cultivo celular 06/12/2012 - 14:16

Depois de anos de pesquisa, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) vai iniciar a produção em larga escala da vacina antirrábica de uso veterinário por cultivo celular, produto biológico de uso veterinário denominado Rhabdocell - Vacina Antirrábica Inativada para Cães e Gatos. O Ministério da Agricultura aprovou as adequações realizadas no laboratório do instituto e autorizou a produção da vacina.

A produção dessas vacinas já vem sendo realizada há algum tempo, começando com os lotes experimentais que eram encaminhados ao Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), especializado em inspeção e controle de qualidade de vacinas. Agora, depois de aprovados, vão se transformar em lotes comerciais.

A fabricação de vacinas por cultivo celular utiliza células de rim de hamster. O novo método permite obtenção de um produto mais puro e capaz de induzir maior produção de anticorpos, sendo mais seguro para os animais, por não provocar efeitos colaterais. Além de evitar o sacrifício de animais.

Triplicando a produção

Toda a produção de vacina antirrábica já tem destino certo, o Ministério da Saúde, para preencher as campanhas nacionais de vacinação. De acordo com Salomão, o instituto tem capacidade de atender a demanda do ministério em pelo menos 10 milhões de doses para 2013, com a previsão de dobrar a produção para 2014.

Isso será possível devido à recente formalização de um convênio para receber recursos de R$ 46 milhões do Ministério da Saúde, com a contrapartida de R$ 10,5 milhões do Governo do Estado do Paraná – conforme autorização do governador Beto Richa.

Com os investimentos e a utilização da tecnologia, o Tecpar terá condições de fabricar gradativamente até 30 milhões de unidades por ano, mantendo a produção de toda a demanda do País e atingindo o maior volume de fabricação do mundo em vacinas antirrábica para imunização de cães e gatos.


“Com esse investimento, vamos produzir vacinas de mais qualidade e transformar o Tecpar em um dos mais avançados institutos de pesquisa do país”, comentou Júlio C. Felix, diretor-presidente do Tecpar.