O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou na tarde de ontem (25) o contrato com a primeira cooperativa que recolherá, durante seis meses, os resíduos recicláveis descartados pelo instituto. O projeto, que recebeu o nome "Rede Solidária de Reciclagem", faz parte do decreto que regulamenta a Lei 15.696, sancionada em novembro de 2009.

As inscrições no Tecpar foram abertas no final do ano passado para as cooperativas e cinco se cadastraram, podendo recolher o lixo pelo período de seis meses cada. A primeira a assinar contrato com o instituto foi a Associação de Catadores Recicláveis Parceiros do Meio Ambiente (Acampa).

Segundo o diretor-presidente do Tecpar, Aldair Rizzi, atitudes como a do governo do Estado são importantes para o avanço do Paraná. "O Estado está tendo um compromisso com a questão social. É proporcionado para os catadores, inclusive, uma redução do desgaste físico, pois o lixo é separado e armazenado em grande quantidade".

A Acampa existe há três anos, porém somente há um ano conseguiu construir uma estrutura física. O presidente da associação, Floriano Pereira da Silva, que é catador de papel, afirmou: "Nossa cooperativa fica muito grata por iniciativas como essa. Com o lixo reciclável do Tecpar, vamos aumentar nossa renda". Cerca de 38 catadores trabalham com a família na cooperativa.

Por mês, nas instituições estaduais, são recolhidos aproximadamente 22 mil quilos de papel, além de copos plásticos, cartuchos de impressoras, móveis inutilizados, monitores e peças de computadores, que serão levados até a Central de Cooperativas de Catadores de Lixo, onde serão devidamente separados e reaproveitados, formando novos materiais. A ação pretende gerar emprego e renda para milhares de catadores de lixo organizados em associações e cooperativas.

Nas instalações do Tecpar foi construído um depósito para controlar e armazenar os resíduos. A separação nas salas é feita de acordo com a cor do plástico nas lixeiras: Lixeira azul (reciclável) – copos plásticos, vasilhas, embalagens de refrigerante, frascos de detergente, embalagens de margarina, tubos de canos de PVC, alumínio e papéis (jornais, revistas, papelão, formulários, cartolina, fotocópia, envelopes, caixas e aparas de papel). Lixeira preta (não reciclável) – tomadas, cabos de panela, embalagens de biscoito (plástico aluminizado), náilon, poliéster, etiquetas adesivas, papel carbono, de fax, metalizado, plastificado e sujo de alimentos (guardanapo) e fita crepe.