Qualidade microbiológica do ar em ambientes climatizados 24/06/2005 - 00:00

Zelar pela qualidade do ar em ambientes climatizados é uma obrigação. Empresas grandes e pequenas e todos os envolvidos no processo de climatização devem se conscientizar sobre a seriedade do assunto, que envolve milhares de pessoas em circulação diariamente, por escritórios, restaurantes, hospitais e outros prédios de acesso público espalhados pelo País. Considerando a preocupação com a saúde e em cumprimento a determinação da Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ministério da Saúde), o Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar já realiza a contagem a identificação de fungos em ambientes climatizados artificialmente. Através do Laboratório de Microbiologia e Toxicologia, o instituto recolhe amostras do ar, incuba o material e faz a contagem e a identificação dos fungos existentes, apresentando, a seguir, laudo informando em que situação se encontra o ambiente. Em posse dos resultados, as empresas podem realizar as manutenções e correções necessárias.

Os procedimentos previstos na legislação incluem realizar a avaliação biológica, química e física e, quando as condições encontradas não atendam ao estabelecido na Resolução, realizar correções necessárias. Para isso, deverão ser verificadas periodicamente as condições dos equipamentos e a qualidade do ar. Os ambientes interiores tanto podem ser responsáveis pelo bem-estar, conforto e produtividade dos ocupantes, no caso de um local sem problemas, como pelo aumento do absenteísmo ao trabalho, internações hospitalares ou outros sintomas.

Ar condicionado

O ar é um meio que transporta microrganismos de fontes como solo, edifícios em construção e demolição. O ar não constitui um habitat para os microrganismos. Entretanto, estes podem estar transitoriamente presentes no ar, associados a partículas líquidas ou sólidas. Respirar microrganismos presentes no ar é comum e não causa danos à saúde dos indivíduos. Porém, muitos destes seres podem ser patogênicos ao homem e causar, por exemplo, doenças infecciosas, imunológicas e alérgicas.

O controle ambiental desses microrganismos é feito através de um controle de ventilação, incluindo aumento de trocas de ar, locais com pressão positiva e ar filtrado. O condicionamento de ar é o processo de tratamento que visa o controle simultâneo da temperatura, umidade, pureza e a sua distribuição, de forma que atenda plenamente às exigências do espaço condicionado, inclusive no que se refere à qualidade o ar interno. Os parâmetros estão publicados como padrões referenciais de qualidade do ar interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso público, na Resolução RE 09, de 16 de janeiro de 2003 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Ministério da Saúde). A má qualidade do ar tem amplas implicações, tais como, aumento dos problemas de saúde, queda da produtividade (desconforto), absenteísmo, deterioração acelerada de móveis e equipamentos, problemas trabalhistas, riscos de contaminação na indústria (matérias-primas, materiais de embalagem, área de produção, instrumentação, equipamentos, processo de produção) e em hospitais.

De acordo com Carmen Higaskino, gerente do Laboratório de Microbiologia, o Tecpar presta serviços em todo o Estado do Paraná e já tem atendido vários hospitais, empresas de telefonia, e outras. E o objetivo é ampliar ainda mais o escopo de atuação, com um projeto para adquirir equipamentos necessários à realização de todos os outros parâmetros constantes da legislação, como a verificação da concentração de dióxido de carbono, da temperatura, umidade e velocidade do ar e concentração de aerodispersóides.

(lax) 24/6/2005 08:43 ar2