Programa de coleta seletiva do Tecpar é modelo para outras empresas 30/03/2011 - 13:47


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    O Programa de Coleta Seletiva Solidária implantado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) foi selecionado para servir de modelo para outras empresas. A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti) reconheceu o trabalho do Tecpar e selecionou a iniciativa para inserção no banco de dados das boas práticas de gestão, dentro do Observatório de Tecnologia de Gestão, como referência para as demais instituições que participam do Prêmio Nacional da Qualidade. O trabalho também foi incluído na programação do seminário “Em busca da Excelência na Gestão” e foi apresentado na manhã desta terça-feira (30), em Brasília.


    Para implantar o programa, o Tecpar criou uma comissão visando atender ao Decreto Estadual 4167/09, que, associado às recomendações do Ministério Público do Trabalho, determinava que todos os órgãos da administração direta e indireta deveriam realizar a separação seletiva de seus resíduos recicláveis e encaminhá-los para as associações ou cooperativas de catadores.

    Dois pontos foram fundamentais para o êxito do programa na instituição,  explica a presidente da comissão e gerente do Setor de Serviço Social, Fernanda Maestrelli: o envolvimento dos colaboradores com a questão e o pronto atendimento ao decreto.

    De acordo com Fernanda, assim que o Tecpar tomou conhecimento da diretriz do governo, foi formada a comissão e aberto um edital para seleção dos interessados em participar. Em novembro de 2009, cinco associações de catadores participaram da abertura do edital de seleção e todas foram habilitadas para fazer a coleta do lixo do instituto.

    Em 2010, foram arrecadadas 14 toneladas de material reciclado no Tecpar. Mas o que seria motivo de comemoração é também de preocupação, pois o volume pode ser um sinal de desperdício. A atual diretoria da instituição se preocupa com isso e vai intensificar a campanha de conscientização sobre a necessidade de economizar.   “Além de apoiar o trabalho da comissão, queremos ampliá-lo com outras ações,  como a redução da burocracia para diminuir o volume de papel utilizado”, afirma o diretor-presidente do instituto, Júlio C. Felix.

    A iniciativa governamental baseou-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem, na Agenda 21 Global, que cita a “capacitação dos pobres para a obtenção de meios de subsistência sustentáveis” e a “redução dos riscos para a saúde decorrentes da poluição e dos perigos ambientais”. “Além de o programa atender aos preceitos recomendados pelo governo, é importante sabermos que, separando o material que é reciclável, estamos gerando renda para os catadores, que passam a ter um meio digno de subsistência, e também estamos cuidando do meio ambiente”, conclui Fernanda. A Divisão de Vigilância sobre Meio Ambiente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontou o trabalho do instituto como modelo, destacando também seu pioneirismo.