Paranaense assume a presidência da Sociedade Brasileira de Metrologia 26/02/2004 - 00:00

 

Pela primeira vez um paranaense será presidente da Sociedade Brasileira de Metrologia, o mais importante órgão da metrologia nacional. Diretor de Certificação do Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar, o engenheiro Júlio Felix será eleito em chapa única e empossado na presidência da SBM no próximo dia 4 de março, em solenidade que acontecerá na sede da organização, na cidade do Rio de Janeiro.

Ex-presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI), Felix também é diretor-superintendente da Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios (Paraná Metrologia) e teve seu nome indicado para a presidência da SMB após um amplo processo de articulação recomendado pelo presidente do conselho da entidade, o ex-ministro Ozires Silva, mantendo a tradição de chapas de consenso a cada eleição.

Criada em 1955, em resposta às aspirações naturais da comunidade interessada na ciência, na arte e na tecnologia das medições, a Sociedade Brasileira de Metrologia nasceu da articulação de um grupo de profissionais da metrologia preocupados com a valorização da profissão e com a necessidade de desenvolver, de forma permanente, cultura e conhecimento em metrologia. Em sua acelerada trajetória, evoluiu para um quadro social que hoje reúne cerca de 2.000 associados individuais e uma centena de organizações afiliadas, dentre as quais estão o INMETRO, Petrobras, Fiat, Varig, Ambev, Cemig. Na nova diretoria, ao lado de Júlio Felix, estarão alinhadas pessoas de ponta na metrologia nacional, como os vice-presidentes Custódio de Aguiar Vás, diretor-presidente da Mitutoyo Sul-americana; e Fernando Banas, diretor-presidente da HL Editorial e editor da revista Banas. No Conselho Deliberativo da SBM, além da permanência de Ozires Silva, estarão o presidente do INMETRO, Armando Mariante Carvalho e Sérgio Fonseca Cândido, diretor da Petrobras.

 

O trabalho

 

A Sociedade Brasileira de Metrologia tem a missão de oferecer condições de o Brasil ser um país competitivo no mercado internacional. "A diferença está na inovação e na capacidade tecnológica de o país dar sustentação às suas empresas, para que estas possam competir de igual para igual com empresas de países desenvolvidos. Mas a base, inclusive para evitar barreiras técnicas, nós temos condições e estrutura tecnológica suficientes para podermos ensaiar produtos e reduzir incertezas de medição. O Ozires Silva costuma dizer que "o avião é a metrologia que voa", porque tudo tem de ser encaixado, tem de ter durabilidade e tudo isso faz parte da capacidade de a gente medir, de um correto balanceamento dos componentes" - explica Júlio Felx.

A SBM vem complementar as atividades do governo através de seu órgão máximo nessa área, que é o INMETRO, dando a suficiente capilaridade dessa atividade perante a sociedade. "Um país que não sabe medir, não sabe o que está exportando nem o que está comprando. Não tem noção exata de sua qualidade ou quantidade. É preciso existir qualidade e confiabilidade no que se mede, desde o açougue da esquina até o astrônomo à caça de um novo asteróide. A metrologia é importante arma para a defesa do consumidor, pois este, só medindo, sabe realmente o que está comprando" - conclui Júlio Felix, que é autor do livro "A Metrologia no Brasil", o primeiro lançado no País a tratar do assunto.

(lax) 26/2/2004 08:35 smb1