Paraná terá planejamento estratégico para o setor de TI 26/11/2012 - 12:55

O início da elaboração de um planejamento estratégico para o setor de TI do Paraná em março de 2013 foi uma das novidades anunciadas durantes o painel “Governança Estadual de TI”, realizado no segundo dia do Paraná TIC 2012. O simpósio reuniu empresários e autoridades juntamente com grandes nomes do empreendedorismo e tecnologia para compartilhar conhecimento e discutir tendências, na sede do Sebrae em Curitiba nos dias 22 e 23 de novembro.

Um dos principais eventos de tecnologia do estado, é organizado pela Assespro/PR - Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação – em conjunto com o Sebrae e apoio do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM).

O painel Governança Estadual de TI teve como debatedores o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) Júlio C. Felix, - convidado para falar sobre a Lei Estadual de Inovação - Emerson Cechin, coordenador do programa estadual de TI e software do Sebrae/PR e Sérgio Yamada, diretor-presidente da Assespro/PR, sob moderação de Júlio Cezar Agostini, diretor de operações do Sebrae/PR.

Os painelistas decidiram formar uma comissão multi-institucional responsável por colher contribuições e elaborar o planejamento estratégico. Cechin anunciou que o Sebrae/PR vai contribuir com R$ 50 mil para produção do planejamento. A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Sueli Èdi Rufini, que assistia ao painel, foi convidada e aceitou integrar a comissão.

O desafio foi lançado a partir de um consenso entre os participantes do debate de que a Lei de Inovação lançou as bases para alavancar a inovação no estado constituindo o momento ideal para a elaboração do planejamento e o desencadeamento de ações concretas de estímulo. “O setor de TI é um dos mais organizados em termos de participação do empresariado e tem o poder de dinamizar outros setores do estado”, disse Agostini, na abertura do painel.

Na sequência Júlio C. Felix destacou que é papel do governo promover o desenvolvimento científico e tecnológico e, segundo ele, a Lei de Inovação é o marco legal que cria as bases para o estímulo e estabelece a segurança jurídica necessária para a relação público-privada em projetos de pesquisa. “Estamos trabalhando agora na regulamentação da lei estadual e também em um texto para servir de base às cidades que quiserem ter suas próprias leis municipais de inovação”, disse Felix, que foi o coordenador da comissão responsável pela elaboração do texto da lei estadual.

Em suas palavras, Sérgio Yamada ratificou a relevância da Lei de Inovação e o papel do Estado no estímulo ao desenvolvimento tecnológico. “Todos os grandes centros tecnológicos do mundo, no início, tiveram forte apoio do poder público”, disse.

ESTUDO DE CASO - Falando sobre políticas públicas e governança a partir de estudo de caso dos países escandinavos, Emerson Cechin destacou que Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia figuram entre os melhores lugares do mundo para se viver e empreender. Segundo ele, uma comitiva com participação de representantes do Sebrae esteve recentemente visitando 28 instituições de apoio na região. “Todos os países escandinavos então entre os 15 mais desenvolvidos do mundo. Na essência disso, está um conjunto de políticas públicas de apoio aos negócios e uma visão de desenvolvimento nacional comum e compartilhada entre o conjunto de atores. Segundo ele, nesses países mesmo empresas que não exportam tem que ter um padrão internacional de qualidade. “A questão chave nesses países é a internacionalização e a inovação”, completou, destacando que as boas práticas observadas podem ser incorporadas pelo Paraná.