O evento, que aconteceu em Brasília, contou com a apresentação de 12 “boas práticas” selecionadas pela comissão organizadora do Workshop Nacional dos NITs, além de mais duas experiências de sucesso encomendadas especialmente para o evento, que tratam do marco regulatório de inovação.

De acordo com a secretária adjunta da Setec/MCT, Ana Lúcia Torkomian, as leis referentes à inovação preveem isenção fiscal para empresas que atuam em parceria com instituições científicas e tecnológicas visando à geração de inovação, sendo importantes instrumentos que aproximam ainda mais o setor produtivo da academia em prol da inovação tecnológica.

Conforme Ana Lúcia, 93 “boas práticas” foram enviadas à comissão organizadora do evento. “Dessas, selecionamos 14 para serem apresentadas no encontro, duas em cada uma das sete categorias definidas: Ferramentas de Gestão, Uso de Instrumentos e Políticas de Inovação, Transferência de Tecnologia, Divulgação de Tecnologias, Políticas Internas, Estruturação do NIT e Redes.” Os critérios de escolha passaram pelo grau de maturidade da prática, possibilidade de reprodução em outras instituições e impacto na sociedade. Buscou-se ainda a representatividade das cinco regiões do país e de instituições de diferentes naturezas das esferas pública, privada e comunitária.

Como coordenadora do Fortec-Sul, a APPI (Agência Paranaense de Propriedade Industrial), que é vinculada ao Tecpar, apresentou: a situação dos NITs da Regional Sul; a “boa prática” de atuação na categoria Práticas de Divulgação de Tecnologias do Nitpar (Núcleo de Inovação Tecnológica do Paraná) e apresentou o lançamento da segunda edição do Catálogo de Patentes das ICTs Paranaenses (veja o link para as apresentações abaixo).

Interface entre ICTs e sociedade, por meio do NIT, é o grande desafio da inovação brasileira
“Não há como um país ter sucesso sem avanço da capacidade de, além de produzir, também transferir conhecimento.” Essa afirmação foi do Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota, durante a abertura do Workshop Nacional dos Núcleos de Inovação Tecnológica, na segunda-feira, dia 8, em Brasília.

Para ele, é necessário que o MCT tenha capacidade de estimular os núcleos de inovação tecnológica na transferência de conhecimento produzido nas instituições de ciência e tecnologia (ICTs). Além disso, as ICTs estarem próximas das demandas sociais, especialmente das empresas, constituiria fonte para a produção de novos conhecimentos. “O Brasil vai crescer substancialmente. No entanto, para que o desenvolvimento seja sustentável há que se agregar a inovação como elemento central ao processo produtivo. Isso não se dará sem interface dos núcleos de inovação com a sociedade”, destaca o secretário.

A cerimônia de abertura contou com a presença de representantes do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), CNPq, Capes, Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), MDIC, Finep, INPI, ABDI, Procuradoria Geral da União, entre outros.

MCT garante que workshop atingiu seu objetivo

O Workshop Nacional dos Núcleos de Inovação Tecnológica superou a expectativa do Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ronaldo Mota. “Creio que o sentimento de todos os participantes foi de plena satisfação, e dos organizadores o sentimento é de termos realizado o evento na hora certa, com os temas corretos; e a resposta da comunidade da área foi espetacular.”

O encontro contou com a participação de mais de 300 pessoas durante os dois dias de debates. “Tivemos um comparecimento que superou todas as expectativas anteriores e uma qualidade dos debates muito boa”, acrescentou o secretário, destacando que a estratégia adotada, de compartilhar “boas práticas”, foi muito adequada, permitindo que de forma densa todos pudessem ter acesso aos acertos, erros e estratégias adotadas pelos demais núcleos.

Segundo Mota, o workshop foi de extrema utilidade para aqueles que formulam as políticas públicas da área de ciência, tecnologia e inovação. “Para um sistema que cresce em número de núcleos de inovação tecnológica a um ritmo de 50% ao ano, esses eventos cumprem papel fundamental de atualizar, sistematizar e definir políticas para um cenário futuro.”

Apresentações:
Apresentação da situação dos NITs dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Link: nitpar.pr.gov.br/files/2010/11/Questionarios_Fortec_Sul.pdf

Apresentação do NITPAR – Núcleo de Inovação Tecnológica do Paraná

nitpar.pr.gov.br/files/2010/11/NITPAR.pdf

Catálogo de Patentes das ICTs do Paraná
nitpar.pr.gov.br/files/2010/10/CATALOGO_-PATENTES_20101.pdf

nitpar.pr.gov.br/files/2010/10/CATALOGO_-PATENTES_20101.pdf


Fonte: Silvana Barletta – Jornalista do workshop