IBMP integra rede nacional de institutos de pesquisa 08/12/2008 - 00:00

O Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), criado a partir da associação entre a Fundação Oswaldo Cruz e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que funciona no complexo do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), abrigará um dos 101 institutos nacionais de ciência e tecnologia (INCTs) e terá recursos do governo federal, durante um período, para desenvolver pesquisas na área de diagnóstico em saúde pública.
O projeto do IBMP é de nacionalização de reagentes para o diagnóstico sangüíneo de pelo menos sete tipos de doenças, entre elas, aids, hepatite, doença de Chagas e sífilis. De acordo com o diretor do IBMP, Samuel Goldenberg, o Brasil gasta por ano cerca de R$ 260 milhões na importação desses insumos, e até o fim do ano que vem, a produção de alguns será feita em Curitiba por meio da interação com o Tecpar. "A previsão é de que em até três anos todos os reagentes sejam produzidos aqui", afirmou Goldenberg. O IBMP receberá, durante o período de vigência do contrato, inicialmente de três anos, R$ 4,8 milhões para investimento em insumos, equipamentos e bolsas para pesquisadores. "Nós já temos um protótipo funcionando e foi isso o que contou para a aprovação do projeto. Agora vamos trabalhar na implantação e no aperfeiçoamento de uma linha de produção", comenta o pesquisador.  "O projeto contará com vários profissionais de outras universidades e instituições, cada um trabalhando dentro das suas competências. No Tecpar, duas áreas, Inteligência Artificial e Metrologia, estão envolvidas diretamente no projeto",  explica Goldenberg.
O programa dos INCTs é coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e será avaliado com base no desempenho. De acordo com as informações do ministério, o programa terá recursos de quase R$ 600 milhões, para os próximos cinco anos, e é operado em pareceria com seis fundações estaduais de amparo a pesquisas, além dos Ministérios da Saúde e da Educação, da Petrobrás e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal do Paraná também será beneficiado com recursos federais, pois terá um INCT em fixação biológica do nitrogênio.