Ações asseguram produção da vacina contra a raiva pelo Tecpar 13/01/2011 - 12:52


    Técnicos da área da produção do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) estiveram reunidos nesta quarta-feira (12) para definir detalhes do cronograma que estabelece os prazos e ações da parceria tecnológica firmada com a empresa Biovet para produção do novo imunobiológico pela instituição chamado Vacina contra Raiva PV BHK Tecpar.


    A nova vacina, mais moderna (PV – vírus Pasteur), será produzida com a tecnologia de cultivo celular utilizando células de rim de hamster (BHK – baby hamster kidney) e substitui a vacina antirrábica de uso veterinário pelo método Fuenzalida Palácios, que utilizava como substrato cérebro de camundongos neonatos.

    Em 2010, várias ações redefiniram o papel do Tecpar como uma das instituições que se destacam no cenário nacional na produção de imunobiológicos. Uma delas foi a formação de um Comitê de Gestão da Produção estabelecido para acompanhar a mudança na rota tecnológica da vacina antirrábica de uso veterinário.

    De acordo com os técnicos da área, em seis meses o diretor-presidente do instituto, Luiz Fernando de Oliveira Ribas, conseguiu aglutinar os colaboradores e conduzir o processo de transferência de tecnologia. O Tecpar produziu a vacina antirrábica até 2009 e, em 2010, para atender às exigências de mudança de tecnologia determinadas pelo Ministério da Saúde para as doses utilizadas no Programa Nacional de Profilaxia da Raiva, teve de recorrer ao mercado, pois o processo de melhoramento de seu produto ainda não estava concluído.

    Entre as ações desenvolvidas pelo comitê estão previstas auditorias em Boas Práticas de Fabricação (BPF), bem como o envio de técnicos do Tecpar para acompanhamento, em tempo integral, de todas as etapas de produção e controle do produto. “Nós vamos acompanhar de perto a produção e participar efetivamente do processo todo. Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para que tenhamos um produto de qualidade”, explica o responsável técnico pela vacina, Detaubaté Bonetto. Sobre a parceria com a empresa Biovet, os técnicos da área afirmam que foi a solução viável encontrada. “Estamos comprometidos e unidos”, assinala Elisa Maines Gomes, que faz parte do comitê. A solução encontrada pelo Tecpar recebeu a aprovação do Ministério da Saúde.

    Ouça o depoimento do diretor-presidente do Tecpar, Luiz Fernando de Oliveira Ribas, sobre a vacina e os outros projetos da instituição.

{mp3}parte4|500{/mp3}



Rede de Informação
    Outro projeto que merece ser destacado está vinculado à Incubadora Tecnológica de Curitiba, a Intec, que vai hospedar um núcleo de análise sobre políticas públicas em saúde (Napps) para subsidiar os gestores de saúde com conhecimento relevante para a condução da administração pública das secretárias municipais e estaduais de saúde. O objetivo é melhorar a eficiência do processo de tomada de decisão dos gestores, por meio de uma análise profunda das informações disponíveis nos 29 sistemas atuais do DataSUS e aquelas geradas diretamente nos municípios por meio de suas infraestruturas próprias. Com isso, espera-se obter uma otimização da ordem de 10% dos gastos realizados pela administração direta na área de saúde. Com a consolidação do Complexo Industrial da Saúde (CIS) no Brasil, cada vez mais é fundamental a análise das informações geradas para aprimorar a eficácia dos gastos com saúde e ampliar a abrangência à população.


{mp3}parte5|500{/mp3}



Recursos financeiros
    O caixa do Tecpar tem hoje cerca de R$ 13 milhões disponíveis para pagamentos de compromissos assumidos, investimentos e para as atividades em desenvolvimento. São recursos do Fundo Paranaense de Ciência e Tecnologia, estabelecido por lei estadual.

{mp3}parte6|500.mp3"> mp3