Paraná divulga Política de Ciência e Tecnologia com validade até 2030 05/03/2024 - 11:00
O Paraná tem uma nova Política Estadual de Ciência e Tecnologia (Pecti). O documento foi aprovado, por unanimidade entre os onze conselheiros, durante a 31ª reunião ordinária do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia. Ela apresenta as diretrizes para os recursos públicos estaduais que serão aplicados em projetos e programas para atender as demandas da sociedade.
O documento foi elaborado pelas secretarias estaduais da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), e contou com a participação da população por meio de uma consulta pública, que obteve 415 registros. Foram 245 representantes de institutos de ciência e tecnologia, 87 de órgãos estaduais, 51 de empresas e 32 da sociedade.
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O texto está organizado em oito capítulos que contemplam 12 eixos estratégicos: Pesquisa científica e tecnológica; Expansão e consolidação do Sistema Paranaense de CT&I; Formação do capital humano; Infraestrutura e cooperação; Fomento à difusão de CT&I; Internacionalização da CT&I; Integração entre o setor produtivo acadêmico e o setor produtivo empresarial; Inovação e empreendedorismo; Apoio à inovação nas empresas; Modernização e Transformação Digital do Estado; Nacionalização e internacionalização dos negócios inovadores; e Fomento à cultura de inovação.
A Pecti também apresenta 13 desafios. que envolvem levar a cultura do empreendedorismo para todos os níveis de ensino no Estado, utilizando a popularização da ciência; construir, equipar e manter centros de excelência públicos em ciência, tecnologia e inovação; popularizar a ciência, com fortalecimento dos espaços de divulgação científica, como centros e museus de ciência, planetários e herbários; e integrar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas políticas estaduais e nos investimentos públicos em CT&I.
EIXOS – O plano foi estruturado a partir de cinco grandes temas (Agricultura e Agronegócios; Biotecnologia e Saúde; Cidades Inteligentes; Energias Sustentáveis; e Sociedade, Educação e Economia), todos de alguma maneira conectados a grandes potencialidades do Paraná, atravessados por duas grandes razões: Transformação Digital e Desenvolvimento Sustentável.
A partir desse escopo foram elencados os 12 eixos estratégicos. Na prática, eles envolvem, por exemplo, conceder subvenção financeira aos projetos de PD&I; alinhar as políticas públicas de educação com as áreas estratégicas e os desafios estaduais e nacionais de CT&I; investir em espaços públicos inteligentes, coworkings, laboratórios de pesquisa, centros tecnológicos, redes wi-fi públicas de alta performance; ampliar as oportunidades de inclusão social das parcelas mais vulneráveis da população; incentivar a mobilidade de pesquisadores; e aumentar a capacidade do Estado e das prefeituras para a oferta digital de serviços públicos.
Para a implementação efetiva da Pecti, as secretarias de Estado deverão definir hipóteses de solução e caminhos para alcançar os objetivos até 2030, observados os desafios prioritários e a disponibilidade de recursos para ação. O documento lista indicadores, métricas e orientações gerais para a implementação das iniciativas. O Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia será responsável pela avaliação dos programas.
CT&I PARANAENSE – A Pecti é um novo desdobramento das conquistas recentes do sistema de ciência. Elas passam também pelos programas Agências de Desenvolvimento Regional Sustentável e Inovação (Ageuni), Paraná Empreende (PEM), Escritórios de Projetos Executivos de Engenharia e Arquitetura (Projeteks), Residência Técnica (Restec) e Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), além das chamadas públicas para PD&I. O Estado também criou 18 parques tecnológicos e implementou Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napis) e a Lei Geral das Universidades.
O novo documento é a principal fonte para o desafio da CT&I Paranaense de ampliar o modelo de investimentos públicos e privados. De acordo com a Pecti, a economia estadual será mais produtiva à medida que conseguir integrar o conhecimento ao sistema de produção e assimilar a transformação digital aos processos.